terça-feira, 1 de abril de 2008

Verrugas Anogenitais

As verrugas anogenitais tem frequencia em de cerca de 1% da população sexualmente ativa e diferente do que se pensa não é necessária a relação anal para sua manifestação. Existem vários portadores assintomáticos (que tem o vírus do HPV e não tem a doença) mas não é possível detectar. Essas verrugas, e o foco aqui são as da região anal, tem manifestação variável podendo ser pequeninas e as vezes grandes vegetações. Por serem uma DST há um tabu ao seu redor dificultando o tratamento clinico precoce e grande parte dos paciente acabam por necessitarem de tratamento cirúrgico (cauterização ou laser de Co2).
O tratamento clinico com Aldara (imiquimod) ou com Wartec (podofilina) parecem ter mesma eficácia apesar do Aldara ser muito mais cara. O tratamento das lesões externas já foi mais estudados enquanto que as lesões da mucosa anal ainda precisam de mais estudos acerca do uso de medicações tópicas.
O uso de interferons e 5FU não tem sido mais defendidas nos meios científicos modernos.
A taxa de recidiva pode alcançar até 25% dos casos e pode ocorrer em mais de 1 xx
A incubação do vírus pode ser de anos, não permitindo estabelecer um perfil epidemiologico
Casais estáveis não necessitam usar camisinha (pois já foi infectado no momento da consulta). Recomenda-se (como em qualquer outro caso) o uso de camisinhas com novos parceiros sexuais.
Há incremento do risco de cancer, principalmente no tipo B.Lowestein.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

SNG de rotinas

Pelas ultimas meta-analises de 26 estudos do tipo "trial" a rotina é não passar Sondas e escolher cuidadosamente os pacientes que terão esse apetrecho em seu pos operatorio devido possiveis e conhecidas complicações.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Fissura anal


A fissura anal tem duas apresentações, a aguda que surge repentinamente e a crônica que persiste por mais de 30 dias. Habitualmente causada pela alteração súbita do hábito intestinal seja um quadro de constipação que acaba por machucar a região anal no ato evacuatório ou então por um quadro diarreico profuso que devido a inúmeras exonerações acaba por lesar a região anal. Normalmente ocorre na parte posterior do ânus (pois é região pouco vascularizada) e persiste pois a passagem diária das fezes não permite a cicatrização do local, uma vez que é ferida dolorosa e leva a contração involuntárias dos musculos locais tornando o ato evacuatório mais dificil e doloroso.

O tratamento é frequentemente clínico através de regularização do hábito intestinal, cuidados locais e medicamentos para os sintomas. Dificilmente procedemos a esfinterotomia que é o tratamento cirúrgico inicial, mas que pode ser necessário. Eventualmente pode-se ter que recorrer a uma rotação de retalho para cobrir a zona afetada.

Sintomas mais frequentes são ardor e sangramento vivo.

A fissura pode, devido o ciclo vicioso cronificar até que o tratamento adequado seja insituído, porém com o passar do tempo pode haver a formação de plicoma e papila anal hipertrófica.



quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Doença hemorroidária


A doença hemorroidaria é um problema mais frequente do que acreditamos ser, porém devido ao tabu que envolve a sua localização, não é habitual ser assunto compartilhado em reuniões sociais. Acredita-se atualmente que trata-se de uma frouxidão do tecido de sustentação que envolve as veias que compoõe o plexo hemorroidário, causando a protusão das mesmas em sentido distal. Atribui-se além do fator hereditário que o hábito intestinal constipado acompanhado de esforço evacuatório tenha papel na evolução da doença. Ainda há quem acredite que as pimentas e outros tipos de alimentos podem agravar os sintomas hemorroidários porém nenhum trabalho científico sério conseguiu determinar isso.

O tratamento habitualmente é clinico através de regularização do hábito intestinal e cuidados locais. A alteração de alguns hábitos comportamentais também pode ser instituido dependendo do caso. O tratamento cirúrgico se faz presente quando os mamilos hemorroidários atingem certo tamanho e consequentemente trazem um desconforto contínuo que impede o paciente de ter uma vida relativamente normal. Atualmente existem várias técnicas e equipamentos para realização da cirurgia porém cada qual deve ser utilizado criteriosamente em cada caso pois cada paciente tem suas particularidades no desenvolver da doença. Então por exemplo o grampeador circular não pode ser utilizado em todos os pacientes sem uma determinada análise e critérios estabelecidos pelo especialista.



quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Causas de obesidade

A obesidade e sobrepeso hoje são consideradas epidemicas no mundo moderno. Suas causas não são focadas em um único fator mas por vários como genética, estilo de vida, doenças associadas, fatores emocionais. De toda energia que gastamos no dia cerca de 60 a 70% é somente para deixar o "motor ligado" ou seja o organismo funcionando (chamamos isso de Gasto Energético Basal), cerca de 10% é gasto processando alimentos ingeridos e os demais 20-30% em atividades fisicas.
O fator genético parece ter papel fundamental na origem da obesidade pelo que as pesquisas vem mostrando, ou seja, se seus pais são obesos há forte tendência de se-lo também apesar de possível evitar. Fatores psicodinâmicos tem influência na obesidade porém não necessáriamente são postas como causa do problema mas podem ser consequência do estado mórbido. Alguns tipos de medicação também podem influenciar o peso do paciente e, apesar do mito, reposição hormonal não causa aumento de peso mas parar de fumar sim se não acompanhado por profissional médico competente.
Lamentávelmente além da obesidade por si só ja ser uma doença, ela aumenta a predisposição para outras como cânceres e doenças metabólicas e cardiovasculares.
Curiosamente o casamento incrementa a média de peso por motivos variados.
A doença é muito prevalente na população brasileira, principalmente nas de baixa renda, devido ao menor preço dos alimentos do tipo energéticos. O tratamento é multidisciplinar envolvendo não somente o médico, mas também psicólogos, nutricionistas, preparadores físicos entre outros. O tratamento cirúrgico é a última alternativa após a falha do tratamento clínico persistente.

Cancêr colorretal

A doença apesar de sua natureza maligna é passível de prevenção através de rotinas de exames periódicos solicitados pelo médico coloproctologista. Além da consulta médica que determina o grau de risco da doença, o melhor exame disponível atuamente é a colonoscopia. O exame realizado por mãos experientes tem alta capacidade de detecção e diagnóstico preciso. O enema opaco muito utilizado no passado só tem lugar caso não haja disponível o exame colonoscopico. Os exames solicitados mais frequentemente são o CEA (que tem apenas valor prognóstico apenas), o ultra som e/ou tomografia de abdome e o rx e/ou tomografia de tórax. Quando o tumor for retal é interessante a utilização do ultra-som endorretal que pode ser substituído pela tomografia pélvica.
O tratamento cirúrgico tem ampla utilização e deve ser realizado por equipe treinada para tratamento cirúrgico de câncer. A presença de mestástases (doença espalhada para outros orgãos) pode ser detectada durante a cirurgia mesmo não tendo aparecido nos exames prévios.
O tratamento cirúrgico tem objetivo de trazer cura ou controle da doença, visando sempre a preservação máxima do paciente apesar disso nem sempre ser possível podendo acarretar o uso de colostomia (bolsinha) de forma permanente ou levar a disfunçoes sexuais ou urinárias.
Após a cirurgia o paciente recebe uma classificação determinada pela extensão da doença. Pacientes com classificação II-III ou mesmo IV tem indicação de quimioterapia complementar.
Porém o melhor mesmo é prevenir. Acima de 45 anos de idade é recomendado procurar um coloproctologista para receber as orientaçoes quanto aos esquemas de prevenção do câncer intestinal. Se na família já houver casos de câncer é recomendado a consulta com especialista até mesmo antes dos 45 anos de idade.

Constipação Intestinal

Extremamente prevalente na modernidade, principalmente na população feminina, causa transtornos e aumenta a procura por serviços de saúde de forma relevante, desde a tenra infância até idade avançada. Apesar da experiência clínica mostrar que 80% dos casos se devem a erros de natureza alimentar, devemos estar atentos ás doenças que podem causar alterações do hábito intestinal ou mesmo o uso indiscriminado de medicações, fórmulas ou mesmo chás e compostos naturais que utilizados sem critérios podem trazer sérios prejuízos a saúde do indivíduo.
Atualmente há um conceito de que sofre de constipação aquele paciente que tem menos que 1 episódio de exoneração a cada intervalo de 3 dias, ou aquele que no ato evacuatório tenha que fazer muito esforço e as fezes saem com consistência endurecida e de forma dolorosa. Independente dos números apresentados, é aquele paciente que tem dificuldade para evacuar ou o faz de maneira incompleta.
Inúmeras causas podem estar envolvidas na origem da doença e as vezes estão presentes mais de uma delas e é papel do médico especialista investigar e tratar ou atenuar os efeitos intestinais para que o paciente tenha uma vida o mais próximo do normal.
Essa investigação e tratamento podem levar meses até que sejam definidos os diagnósticos e seja estabelecido um tratamento adaptado para cada tipo de paciente.